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O Nubank, ícone da economia digital no Brasil, bateu um recorde global ao alcançar 30% de rentabilidade (ROE) anualizada, impulsionado por sua estratégia de crédito com garantia e maior engajamento de clientes. Em entrevista à Bloomberg Línea, Guilherme Lago, CFO do banco, detalhou o desempenho surpreendente do terceiro trimestre.
“Quando olhamos a originação do crédito pessoal, o que cresce mais é a carteira do crédito com garantia, principalmente FGTS e consignado. São modalidades com taxas de juros mais baixas e níveis de perdas menores”, afirmou Lago, destacando um crescimento de 39% no volume dessa modalidade apenas no último trimestre.
A estratégia do banco de oferecer produtos financeiros mais seguros gerou reflexos positivos em várias frentes. A margem financeira líquida ajustada ao risco, por exemplo, caiu 90 pontos base, enquanto a inadimplência entre 15 e 90 dias recuou para 4,4%.
Além disso, o CFO destacou o avanço na principalidade – quando os clientes passam a usar o Nubank como sua principal instituição financeira. “Estamos batendo 60% de principalidade em todas as safras [de clientes], com resultados mais rápidos nas safras mais novas”, explicou.
Outro destaque foi o crescimento na base de clientes, que aumentou em 5,2 milhões apenas entre julho e setembro, chegando a quase 110 milhões. Lago enfatizou que o banco já alcança “quase 60% da população adulta do país”.
David Vélez, CEO global do Nubank, reforçou os pilares estratégicos do banco: crescimento da base de clientes, engajamento e eficiência operacional. Essas diretrizes impulsionaram a receita a um recorde de US$ 2,9 bilhões, em linha com as projeções de mercado.
O CFO também celebrou os avanços em mercados internacionais, como México e Colômbia, onde o Nubank tem consolidado sua posição. “O volume de depósitos alcançou US$ 3,9 bilhões no México e quase US$ 1 bilhão na Colômbia”, destacou.
Apesar dos resultados animadores, houve ajustes no programa Nucoin, que impactaram o lucro líquido, mas não ofuscaram a eficiência operacional recorde de 31,4%.
“Mesmo com despesas não recorrentes, mantivemos o custo de servir por cliente ativo abaixo de US$ 1, reforçando nosso compromisso com a eficiência”, acrescentou Jorg Friedemann, diretor de relações com investidores do banco.
O desempenho do Nubank reflete o amadurecimento de sua operação e o foco em fortalecer sua presença como uma das principais instituições financeiras do país e da América Latina.
Com informações de Bloomberg Línea
Conteúdo produzido com auxílio de IA.