Em um chamado contundente pela paz e dignidade humana, o Papa Francisco pediu o fim imediato da produção e uso de minas antipessoais durante sua mensagem na Quinta Conferência de Revisão da Convenção sobre Minas Antipessoais, realizada em Siem Reap, Camboja. Sua declaração acontece no mesmo momento em que o presidente dos EUA, Joe Biden, autorizou o uso de minas terrestres americanas pela Ucrânia contra a Rússia.
Em sua carta lida pelo cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, Francisco afirmou: “Os conflitos são um fracasso da humanidade em viver como uma única família humana”, sublinhando que as minas continuam a causar um sofrimento indescritível, especialmente entre as crianças. “Esses dispositivos traiçoeiros continuam causando um sofrimento terrível aos civis, especialmente às crianças”, completou o Papa.
A Ucrânia, que em 1999 aderiu ao Tratado Internacional de Proibição de Minas (Tratado de Ottawa), se vê agora em uma posição paradoxal após a autorização de Biden. O Papa Francisco, em seu apelo, pediu que os países que ainda não aderiram à convenção, como os EUA, Rússia e China, se comprometam imediatamente a cessar a produção e o uso dessas armas mortais. “Exorto todos os estados que ainda não o fizeram a aderir à convenção e, enquanto isso, a cessar imediatamente a produção e o uso de minas terrestres”, declarou o Papa.
Além disso, Francisco fez um apelo aos países que já são signatários, solicitando um compromisso renovado para acabar com o uso de minas terrestres. Ele alertou que a procrastinação nesse processo “aumentará inevitavelmente o custo humano”.
Em um gesto de solidariedade com as vítimas e seus familiares, o Papa elogiou o trabalho da conferência, e destacou a importância de garantir assistência integral às vítimas de minas terrestres. Ele também mencionou os esforços de paz entre a Argentina e o Chile, onde sua mediação evitou um conflito armado. “Fazemos bem em comemorar aquelas negociações intensas que, com a mediação papal, evitaram o conflito armado”, disse Francisco.
O Papa não deixou de apontar os atuais fracassos da humanidade em seu discurso, mencionando os conflitos em curso na Ucrânia e na Palestina. “Simplesmente menciono dois fracassos da humanidade hoje: Ucrânia e Palestina, onde as pessoas estão sofrendo, onde a prepotência do invasor prevalece sobre o diálogo”, declarou, sublinhando sua constante oposição a esses conflitos.
Com informações de Aci Digital.
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