Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Um estudo recente lança luz sobre um cenário alarmante: a colaboração crescente entre facções criminosas brasileiras e organizações internacionais, incluindo cartéis de drogas mexicanos, colombianos e até albaneses. A pesquisa, fruto de uma parceria entre o Diálogo Interamericano, a Fundação Fernando Henrique Cardoso (FHC) e a Escola de Segurança Multidimensional da USP, revela como o crime transnacional está moldando a dinâmica da criminalidade no Brasil.
“Brasil não pode virar uma Colômbia dos anos 90”
Sérgio Fausto, do Instituto FHC, foi direto ao ponto. Ele apontou o Primeiro Comando da Capital (PCC) como um dos protagonistas dessa escalada internacional, operando agora como uma organização criminosa de alcance global. Para ele, “o discurso politicamente correto” atrapalha o enfrentamento do problema. Fausto defende união entre as polícias, Forças Armadas e inteligência, além de suporte internacional, para evitar que o Brasil siga o mesmo caminho que a Colômbia trilhou nos anos 90, dominada por cartéis.
O estudo destaca que regiões inteiras do Brasil já estão sob controle dessas facções, que utilizam táticas como extorsão e até interferência na administração pública. As semelhanças com gangues da América Central são gritantes, mas a pesquisa alerta: o cenário sul-americano é ainda mais complexo.
Amazônia: “Porta aberta” para o crime transnacional
Leandro Piquet Carneiro, da USP, chamou atenção para as fronteiras vulneráveis da Amazônia. Essa região, praticamente desguarnecida, tem sido um campo fértil para facções internacionais. Ele destacou que o controle estatal precisa ser fortalecido para evitar o agravamento da crise: “A falta de autoridade é um convite ao crime organizado.”
O relatório sugere que o Brasil adote uma postura mais ativa, colaborando com países vizinhos como Bolívia e Paraguai, para proteger suas fronteiras. A criação de equipes preparadas para enfrentar o crime transnacional é urgente, segundo os pesquisadores.
Enquanto isso, a criminalidade segue se reinventando, colocando em xeque a segurança, a soberania e o futuro do país.
Com informações de Jovem Pan.
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