Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado/Arquivo
O presidente nacional do Progressistas (PP), senador Ciro Nogueira (PI), autorizou a Executiva estadual da Bahia a escolher entre apoiar o governo ou se manter na oposição. O aval foi dado em encontro nesta quinta-feira (14), com o líder do partido no estado, deputado federal Mário Negromonte Júnior, que já atua na base de apoio do presidente Lula (PT) no Congresso Nacional.
Após a reunião, membros do partido confidenciaram que a adesão do PP baiano à base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) parece mais próxima, especialmente com o desejo dos seis deputados estaduais da legenda e a maior parte dos prefeitos. Lideranças que visam reeditar, em 2026, a aliança com o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União) alertaram que a postura antipetista de Ciro, reforçada desde a eleição de 2022, poderia atrapalhar uma nova união com o PT na Bahia.
Para fortalecer essa aproximação, Jerônimo deve se reunir com Mário Júnior para discutir o apoio institucional do PP. Recentemente, o governador sinalizou ao Política Livre que está disposto a oferecer uma secretaria ao partido, caso receba o apoio formal da Executiva estadual, com vistas a uma possível aliança para 2026. Atualmente, o PP ocupa duas diretorias do Detran por indicação da bancada de deputados estaduais.
O governador também demonstrou interesse em que o PP colabore mais intensamente com o presidente Lula. Apesar do PP já ocupar o Ministério dos Esportes, comandado pelo deputado federal licenciado André Fufuca (MA), Ciro mantém laços com o ex-presidente Jair Bolsonaro, o que tornou o encontro com Mário Júnior um possível sinal de aproximação com o PT.
Em um vídeo nas redes sociais, Ciro elogiou o desempenho eleitoral do partido, que venceu em 41 municípios, um número inferior aos mais de 92 conquistados em 2020, quando o PP estava alinhado com o PT. Mário Júnior, ao lado de Ciro, comprometeu-se a fortalecer o partido na Bahia. “Pode ter certeza: vamos continuar fortalecendo e fazendo o partido crescer na Bahia. A nossa missão lá é só tomar a decisão que seja melhor aos progressistas”, declarou.
Entretanto, a decisão ainda gera polêmica entre figuras da legenda, como o deputado federal João Leão, o secretário de Governo de Salvador, Cacá Leão, e o secretário-geral do PP, Jabes Ribeiro, que se opõem a uma eventual adesão ao governo Jerônimo. Esses líderes, alinhados a ACM Neto, defendem que qualquer acordo político para 2026 seja decidido apenas no ano da eleição.
Durante entrevista ao PolíticaPod, podcast do Política Livre, ACM Neto reiterou seu desejo de ter o PP como aliado em 2026, ainda que dividido.
Com informações de POLÍTICA LIVRE
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